Ao tempo(dezenove anos)

Não necessariamente,

vou crescer,

amadurecer,

e tampouco,

florescer,

como dizes à mim.

Não sei quais seram os meus caminhos,

se estes seram como jardins floridos,

ou como mata selvagem,

fechada,

escura.

Onde ver um passo a frente,

seja uma tarefa arriscada

e difícil de se obter.

Sei tanto sobre mim,

quanto sei sobre você.

Falarei de cada dia,

das aventuras e desventuras,

até mesmo sobre a rotina.

Aprendi a me submeter,

as apostas feitas por ti,

que sorrateiro vêm à mim,

pulsando firme em meu pulso,

ou na parede em que eu me encontro,

quando penso em não pensar.

Eu já não desejo voar,

mas quero sonhar.

Sei tanto sobre mim,

quanto sei sobre você.

Ouso dizer que seus desafios,

é que me fazem,

e me trazem,

a plena sensação de bem estar.

Eu desejo ultrapassar,

as linhas não traçadas,

as palavras não pronunciadas,

as sensações ditas insensatas,

Não me disse que não posso voar.

Melhor eu desejar.

Criarei assas,

feitas de pétalas de rosas,

amores,

e

propostas.

Suas regras não me cabem,

não enlaçam,

não causam,

dores maiores.

Apenas estilhaçam,

o que reconstruo sem cessar.

Desafie-me,

vou lhe provar,

que as vezes mesmo descrente,

eu posso voar!

Irei além das fronteiras,

barreiras,

farei das florestas escuras,

jardins de margaridas,

me farei querida,

tida como,

duquesa,

Princesa.

das esquinas,

onde dia-a-dia,

vou lhe perder

e

me encontrar.