Minha palavra

Minha palavra
é transparente
e diz o que minha alma sente.
Ela, às vezes,  se faz densa
especialmente quando pensa.
Outras, se faz muito calorosa
(se ela ama ou quando chora)
seja em verso seja em prosa.

Minha palavra se assenta,
cresce, expande e ressoa,
dizendo coisas belas ou boas
em grandes odes, elegia ou loa
Pode fazer giros ... ficar solta,
leve, doce,  ou mesmo ser à toa.
(Também, em dor, ficar envolta).


Minha palavra me é necessária,

seja brava seja meiga seja rara,
clara, pura ou encantada.
Será lida
mínima ou máxima.
E,  seja ela breve ou seja vária,
nunca é esquecida - mas amada!


Minha palavra
me completa,
em linhas tortuosas ou na reta.

Não importa como ela venha:
- terna, dura, direta ou em senha.
Eu a amo - AMO - e dela eu preciso:
- sem poder escrever, perco o juízo!

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Silvia Regina Costa Lima
30 de Abril de 2008

SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 13/05/2008
Reeditado em 21/11/2009
Código do texto: T987622
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