Sem título

É sempre um outro problema

Que distrai a ânsia

De partir

Para um novo retorno...

É sempre o som da chuva

Que dês-guarda da lembrança

O cheiro doce

De um gemido noturno

Nem sempre é no gozo

Que mora a morte

Ou a sede de viver...

Ás vezes basta um rosto novo

Ou a velha taça no canto da pia

Pra fazer um sentido renascer.

Certas noites, poetas rolam

No dorso de um cavalo metafísico

Em busca de algum saber.

_Eu não busco respostas,

Não interrogo, nem especulo.

Cada átomo da vida

Sabe abraçar o meu prazer!

Aos que não ouviram meu eu falar de mim.

Lívia Noronha.

Lívia Noronha
Enviado por Lívia Noronha em 13/05/2008
Código do texto: T987477
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