Sem título
É sempre um outro problema
Que distrai a ânsia
De partir
Para um novo retorno...
É sempre o som da chuva
Que dês-guarda da lembrança
O cheiro doce
De um gemido noturno
Nem sempre é no gozo
Que mora a morte
Ou a sede de viver...
Ás vezes basta um rosto novo
Ou a velha taça no canto da pia
Pra fazer um sentido renascer.
Certas noites, poetas rolam
No dorso de um cavalo metafísico
Em busca de algum saber.
_Eu não busco respostas,
Não interrogo, nem especulo.
Cada átomo da vida
Sabe abraçar o meu prazer!
Aos que não ouviram meu eu falar de mim.
Lívia Noronha.