O trovador pecou...
Eu amei, sem ter amado,
porque eu já tinha o amor...
Eu dei-me, sem me ter dado;
Por isso recolhi dor...
Foi apenas fantasia,
que senti nessa mulher;
Porque sem ver eu fazia,
dela só ... uma qualquer.
Foi feliz o meu destino,
nesse dia que acabou...
Pois o meu amor divino,
até isso ... perdoou.
Foi destino e meu fado,
pecado que cometi;
eu nunca tive a seu lado,
porque outro amor vivi.
A mulher que sempre amei,
foi meu amor e carinho...
Ela sabe que eu pequei,
mas não me deixa sozinho.
Os meus olhos eu cerrei,
quando fiz amor com ela;
Esse prazer que encontrei,
era da outra ... e não dela.
Foi objecto de prazer,
embora isso me doa...
É mulher para esquecer,
que um dia esteve em Lisboa.
Porque o amor verdadeiro,
canta-me a melodia...
Para ela sou o primeiro,
o homem que ela queria.
Ela ama o trovador
e o homem, que nele existe;
Sabe ele ser um pecador,
que peca ... e fica triste.
Mas é lindo o nosso amor,
porque existe na verdade...
Vamos pois, esquecer a dor
... rumo à FELICIDADE.
António Zumaia