ODE NOTURNA

ODE NOTURNA

Joaquim Moncks

Dizei, Amada,

que estou triste,

na lucidez inventada

de quem vive.

Dizei a mim, Amada,

aos bosques de outono,

que a noite desgrenhada

escava a verdade reinventada.

Oh! Dizei,

angústia acesa,

que o melhor de mim

ficou contigo.

Urzes nos caminhos

falam-me de ti, Amada!

E ausente fico,

na transparência do amanhã.

– Do livro MODERNIDADE POÉTICA NO RIO GRANDE DO SUL. Porto Alegre: Caravela/ICP, 1984, p. 44.

– Do livro O SÓTÃO DO MISTÉRIO. Porto Alegre: Sul-Americana, 1992, p.41.

http://www.recantodasletras.com.br/poesias/98546