A comissão organizadora concluiu o trabalho de classificação dos poemas inscritos ao Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus e torna público o seu resultado, por ordem de classificação, do 1° ao 10° colocado.
Os demais poemas que não aparecem na lista tiveram notas entre 7 e 7,5 e também serão publicados, conforme anunciado anteriormente.
Vale dar uma olhada no link seguinte, pois muita gente ficou de fora do livro, por absoluta falta de dinheiro para publicar os milhares de poemas que chegaram: http://www.galinhapulando.com/visualizar.php?idt=869001
Primeiros dez poemas classificados:
Os versos do poeta dizem tudo
Definem os sentimentos mais ocultos
Extravasam a alegria reprimida
São capazes de enxergar além dos vultos
Exprimindo a emoção no âmago escondida
Seus versos vão com o vento além dos mares
Voando livremente a céu aberto
Sem destino, pois o mundo é do poeta
Cuja alma conhece o amor bem de perto
E o expressa de forma sábia e modesta
Seus versos são sutis e harmoniosos
Revelam o que existe bem no íntimo
Aflorando sentimentos tão profundos
O poeta retrata o anseio mais ínfimo
Pois com os olhos de sua alma vê o mundo
O poeta percorre o mundo em viagem
De carona nas asas do pensamento
Contemplando a natureza que o inspira
E ao compor seus lindos versos ao relento
Bem baixinho com a lua ele conspira.
Os demais poemas que não aparecem na lista tiveram notas entre 7 e 7,5 e também serão publicados, conforme anunciado anteriormente.
Vale dar uma olhada no link seguinte, pois muita gente ficou de fora do livro, por absoluta falta de dinheiro para publicar os milhares de poemas que chegaram: http://www.galinhapulando.com/visualizar.php?idt=869001
Primeiros dez poemas classificados:
Paradoxos(1° lugar)
(Jonathan Pena Castro)
Enquanto eu como, pessoas morrem de fome;
Enquanto eu durmo, pessoas acordam;
Enquanto eu ligo, pessoas desligam;
Enquanto eu crio, pessoas destroem;
Enquanto eu choro, pessoas sorriem;
Enquanto eu escrevo, pessoas apagam.
O mundo continuará sendo um paradoxo
Enquanto o enquanto existir.
Jonathan Pena Castro nasceu nos Estados Unidos, em Glendale, Califórnia. Veio com um ano para o Brasil. É filho de pai salvadorenho e mãe brasileira. Cursa Ciências Biológicas na Universidade Estadual de Ponta Grossa. Adora a natureza. Escreve, principalmente, contos e crônicas, mas também se aventura pela poesia. Com pouco tempo de publicações, já recebeu várias premiações, o que o estimula a escrever ainda mais.
Palavras (2° lugar)
(Albérico Manoel dos Santos)
Palavras são letras que resistem ao tempo,
Expressões que incidem sobre nós;
(Albérico Manoel dos Santos)
Palavras são letras que resistem ao tempo,
Expressões que incidem sobre nós;
Palavras são dizeres ao vento,
Que entoam seu sentido
Palavras são desenhos da grafia,
Articulados entre si,
Que ganham vida,
Movimento e beleza;
Palavras,
Que entoam seu sentido
Palavras são desenhos da grafia,
Articulados entre si,
Que ganham vida,
Movimento e beleza;
Palavras,
Sejam rebuscadas,
Simples,
Simples,
Ou ousadas,
Para sempre serão palavras;
Às vezes, infundadas,
Às vezes, contidas,
Às vezes, declaradas;
Viver sem elas,
Não poderia viver;
Elas são o elo,
Elas são o elo,
Entre a vida e a morte;
Entre amar e sofrer;
Elas falam por mim,
Elas falam por mim,
E por todo meu ser!!!
Albérico Manoel dos Santos nasceu no bairro de Castelo Branco em Salvador/BA, no dia 4 de setembro de 1977. Desde os 15 anos escrevia poemas, embora não levasse muito a sério este dom. Muita coisa perdeu-se no tempo, mas, com o amadurecimento de seus escritos, o poeta empenhou-se em organizá-los. Em 2005, ingressou na Faculdade da Cidade do Salvador, onde cursa Jornalismo. Seu trabalho aborda a poesia como a mais pura manifestação da alma, que traduz em palavras toda sensibilidade e vivência.
Apenas uma carne( 3° lugar)
(Ana Queiroz)
O ser humano é apenas uma carne.
Uma carne que se come, que se deita,
que se estupra...
Uma carne que se estraga.
Uma carne bonita!
Com carne humana bonita ganha-se até concursos:
"Miss Carne Brasil".
Carne por vezes maldita, quando oprime o talento,
Vestindo-o apenas com uma carne bonita,
Cobiçada pelos milionários senhores,
Que buscam a vida em seu jovem frescor.
Carne sem rugas, sem celulites, sem retoques...
Carne de primeira,
De primeira necessidade do homem.
(Ana Queiroz)
O ser humano é apenas uma carne.
Uma carne que se come, que se deita,
que se estupra...
Uma carne que se estraga.
Uma carne bonita!
Com carne humana bonita ganha-se até concursos:
"Miss Carne Brasil".
Carne por vezes maldita, quando oprime o talento,
Vestindo-o apenas com uma carne bonita,
Cobiçada pelos milionários senhores,
Que buscam a vida em seu jovem frescor.
Carne sem rugas, sem celulites, sem retoques...
Carne de primeira,
De primeira necessidade do homem.
Ana Queiroz nasceu em Niterói/RJ. Cursou apenas o ensino fundamental. Seu objetivo é divulgar as inúmeras poesias que escreve desde criança.
Quando morrer(4° lugar)
(António Félix Flores Rodrigues)
Quando morrer,
Deixarei meus átomos livres
Para que possam formar:
Campos e flores,
Pássaros e chuva,
Almas e esperança.
Nasci de uma ligação:
Iniciada na fusão das estrelas
E percebida nos aromas de verão
Deixarei meus átomos livres
Para que possam formar:
Campos e flores,
Pássaros e chuva,
Almas e esperança.
Nasci de uma ligação:
Iniciada na fusão das estrelas
E percebida nos aromas de verão
exalados pelo sol.
Por isso, sou contra a fissão,
Antítese da criação.
Sou contra o nuclear,
Sonho com a química da vida,
Perpetuada através dos átomos
Que recebi e aprisionei,
E que na morte,
Libertarei,
Intactos,
Como os encontrei.
Por isso, sou contra a fissão,
Antítese da criação.
Sou contra o nuclear,
Sonho com a química da vida,
Perpetuada através dos átomos
Que recebi e aprisionei,
E que na morte,
Libertarei,
Intactos,
Como os encontrei.
António Félix Flores Rodrigues nasceu em 1962. Formou-se em Física pela Universidade de Lisboa e leciona na Universidade dos Açores – Portugal, onde é responsável pelo Curso de Engenharia do Ambiente. Preocupado com as questões ambientais e com a necessidade de transmitir, sem "evangelizar", mensagens ambientais, escreve poesia como estratégia de promoção da urgente sustentabilidade sócio-econômica e ambiental.
Apologia de um sentimento(5° lugar)
(Frodo Oliveira)
Eu não faço apologia do que sinto,
Apenas escrevo, em linhas tortas o que penso.
Este sentimento não divido com ninguém:
duvido de todos e de mim mesmo,
e se te disser que eu não ligo,
minto; mas, parece, não minto muito bem.
Também sei que o ódio pereceu ontem à tarde,
mas ainda quero esquecer-te pela manhã.
Sai de mim, sai da minha vida,
sai da minha alma e da minha bebida,
Apenas escrevo, em linhas tortas o que penso.
Este sentimento não divido com ninguém:
duvido de todos e de mim mesmo,
e se te disser que eu não ligo,
minto; mas, parece, não minto muito bem.
Também sei que o ódio pereceu ontem à tarde,
mas ainda quero esquecer-te pela manhã.
Sai de mim, sai da minha vida,
sai da minha alma e da minha bebida,
nunca mais quero provar do teu afã.
E que me perdoem os moderninhos e modernistas,
mas adoro essas rimas imprevistas,
indecisas, intensas,
imprecisas, imensas,
de sons indeléveis e inefáveis,
rimas cruas, palavras nuas
a estilhaçar meus sentimentos frágeis.
Não, eu não faço apologia do que sinto,
apenas deste sentimento que invento:
é assim que largo o tosco verbo amar ao vento,
é assim, então, que em vão tento esquecer-te...
E que me perdoem os moderninhos e modernistas,
mas adoro essas rimas imprevistas,
indecisas, intensas,
imprecisas, imensas,
de sons indeléveis e inefáveis,
rimas cruas, palavras nuas
a estilhaçar meus sentimentos frágeis.
Não, eu não faço apologia do que sinto,
apenas deste sentimento que invento:
é assim que largo o tosco verbo amar ao vento,
é assim, então, que em vão tento esquecer-te...
Frodovino Lemos de Oliveira nasceu em Recife/PE e foi criado em Maceió/AL. Reside há mais de 20 anos no Rio de Janeiro. Frodo, como é normalmente chamado, é comerciário e estudante de Letras na Faculdade Simonsen. Escritor amador, transita bem à vontade tanto no âmbito da poesia quanto no âmbito de contos e crônicas.
Transitória transitoriedade(6° lugar)
(Josete Maria Vichineski)
Transita a infância.
Transita a juventude.
Transitam os amores.
Transitam as dores.
Transitam os corruptores.
Transitam os educadores.
Transita a fome.
Transita a miséria.
Transita o meu, o teu, o nosso nome.
Transita a política séria.
Transita a riqueza.
Transita a certeza:
A VIDA É TRANSITÓRIA!
Josete Maria Vichineski é formada em Ciências Econômicas e Letras, com especialização em Língua Portuguesa, pela UEPG, e especialização em Educação de Jovens e Adultos, pela UFPR. Publicou as obras poéticas Vôo Livre, dedicada ao público infanto-juvenil, e Plenitude da Vida. Participou de vinte e três antologias no Brasil, Portugal e Estados Unidos. Todas as antologias tiveram como ponto de encontro a Internet, num exercício de cibercultura.
Na capital(7° lugar)
(Edeilton dos Santos)
Mãe, estou na capital
Um pé aqui, outro lá
Minha vontade
É só voltar
Mãe, a vida aqui
Não é brincadeira
Não tenho eira nem beira
Não vejo onde me segurar
Aqui na cidade grande,
Vivo acabrunhado
Na multidão, sinto-me isolado,
Ninguém olha pra mim.
Mas um grande amor encontrado
Ajuda-me a controlar
Essa vontade de voltar,
E vai prendendo-me por aqui
Essa vida que a gente vive
Não está pra brincadeira,
Não tenho eira nem beira
Mas por amor vou ficando aqui.
Edeilton dos Santos, conhecido por Dé Barrense, cantor e compositor, nasceu na cidade da Barra/BA, às margens do rio São Francisco. Aos 14 anos, foi para São Paulo tentar a vida. Trabalhou inicialmente em fábricas, e depois numa emissora de televisão, como ajudante de câmera e cenografia. Publicou o livro Inspirações de um Ribeirinho (poemas). Tem seu nome listado no Primeiro Dicionário de Autores Baianos.
Eterna presença(8° lugar)
(Laérson Quaresma de Moraes)
Bom dia, tristeza...
O mundo-competição digladia-se lá fora.
E o mistério, que habita em minha alma de poeta,
impede que eu contemple a nova aurora...
Boa tarde, melancolia...
A dor da perda fere mais que lança
em dimensões que a razão não alcança.
E tudo, enfim, implora por solução...
Boa noite, saudade...
Mais um dia cumpriu o seu destino.
Os viajores retornam céleres aos seus lares,
plenos de sonhos, cansaços e desatinos...
A vida segue os próprios ciclos
na Terra devastada, sem dó nem piedade.
Pesaroso, circunspeto de verdade,
sangro como parte da engrenagem letal...
Infância, juventude e maturidade.
O milagre da paz vem no crepúsculo da vida.
Minh'alma liberta é só clamor então...
" – Seja bem-vinda sempre, ó SOLIDÃO!"
Laérson Quaresma de Moraes é natural de Nioaque/MS e reside em Campinas/SP desde agosto/1964. É técnico em contabilidade aposentado. Poeta, contista, cronista, trovador, enfim, um apaixonado pelas letras. Participou de várias coletâneas/antologias e foi premiado em inúmeros concursos literários nacionais. Ainda não tem livro publicado.
Os versos do poeta(9° lugar)
(Lourdes Neves Cúrcio)
Os versos do poeta dizem tudo
Definem os sentimentos mais ocultos
Extravasam a alegria reprimida
São capazes de enxergar além dos vultos
Exprimindo a emoção no âmago escondida
Seus versos vão com o vento além dos mares
Voando livremente a céu aberto
Sem destino, pois o mundo é do poeta
Cuja alma conhece o amor bem de perto
E o expressa de forma sábia e modesta
Seus versos são sutis e harmoniosos
Revelam o que existe bem no íntimo
Aflorando sentimentos tão profundos
O poeta retrata o anseio mais ínfimo
Pois com os olhos de sua alma vê o mundo
O poeta percorre o mundo em viagem
De carona nas asas do pensamento
Contemplando a natureza que o inspira
E ao compor seus lindos versos ao relento
Bem baixinho com a lua ele conspira.
Lourdes Neves Cúrcio é bacharel em Direito e funcionária pública em Volta Redonda/RJ. Foi premiada em diversos concursos literários, entre eles: Prêmio Assis Chateaubriand de Redação (Brasília/DF), XII Concurso Internacional Literário de Primavera (São Paulo-SP), V Concurso de Poesia Padre Donato Vaglio (Bragança Paulista/SP), II Prêmio Literário A Gazeta (Campo Bom/RS) e Oitavo Prêmio Missões (Roque Gonzales/RS).
Reciprocidade(10° lugar)
(Fátima Soares Rodrigues)
Sempre sonhei sonhos pequenos:
Casinha branca ao pé da serra
Em meio ao mato molhado
Povoada do canto dos pássaros
Ciscando grãos de alegria
Com as galinhas no quintal
Banhando-me todo dia
Em cachoeiras de esperanças
A sorver cada alvorecer
Com olhos de gratidão.
Porém, sem grandes ambições,
Percebo que dependo do outro
Para encontrar a felicidade.
Do contrário,
Sou como um som sem eco:
Seco, surdo, sonso.
Fátima Soares Rodrigues possui curso incompleto de Letras na UFMG. Conquistou diversos prêmios literários em verso e prosa, no Brasil e no exterior. É colaboradora do jornal Estado de Minas.