BAÚ DOS AMORES
Marcado por andar
sem nunca fazer morada,
o poeta sempre perde a bússola.
Mergulhado na insolente emoção
o ardido archote
empalma o facho da Poesia.
Luz para olhos antigos
– flama indormida –
o coração cantando alegorias
na permanente ilusão.
De tantas estripulias
– da estrela d'alva ao poente –
luzes coroam eternos motivos
para o canto.
São almas simples:
perpassam a inocência permanente
aos olhos roxos de esperanças.
– Do livro BULA DE REMÉDIO, 2006/2009.
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/98493