AINDA BEM!

Como se houvesse

acabado de despertar do sono

em um mundo mágico,

em que o abandono não faz diferença.

Os olhos denunciam o passar do tempo

e nada nada muda

na falta de espaço desta cidade.

Hálito perfumado pelo vinho

que aqueceu uma noite boa,

de novos sonhos que se formaram

com os passos dados a toa.

O escuro me leva para o universo cego

e naquele momento eu não precisava ver.

O silêncio que me fez pensar estar surdo

pois ainda precisava ouvir...

e amanhã não será um dia normal.

Ainda bem!