Poesia de um aluno discreto
Escrever faz parte de mim,
é o que faço com toda minha alma
é o que acalma
essa inquietude sem fim.
Não releio o meu traço,
nem corrijo meu português,
não querendo, talvez,
arrumar o que faço.
Corrigir o meu verso
de que jeito,
se escrevo aquilo
que me passa no peito.
Coisa de escritor
que esqueceu o professor.
Me perdoe a gramática,
sempre tão enigmática,
sempre difícil para mim.
Então escrevo assim,
sem pensar no correto
uso o meu dialeto
de um aluno discreto,
que frustrou o professor.
Escrevo então o amor, minha dor,
cuja linguagem correta
só entende o poeta,
que errando acerta
o coração de alguém.