Eu vivia numa noite sem igual...

Eu vivia numa noite sem igual.

Então chegaste, meu rosto adorado.

De tal noite fizeste um dia amorável.

Cantaste melodias e, sempre amiga, disseste as

[palavras de que eu andava sequioso.

E aquelas palavras, que nunca esqueci,

Estavam impregnadas de um remoto sopro, tão

[ sagrado,

Que aquela noite funesta dissipou como fumaça.

Firdusi, poeta persa,

939-1020 d.C.