REFÚGIO DA PAZ....


Nesse refúgio de paz, que o amor retrata
Águas cristalinas que jorram em cascata
São a voz de Deus, na mais bela serenata...

A vida é como a água descendo, pela serra
Jorrando forte e borbulhante as emoções
Os seus desmandos, impetuosa, berra
Entra sem pedir licença, invadindo os corações...

Nada a impede de seguir cautelosa a viagem
Num jorrar incessante de águas vivas
Descendo aos cântaros, pelas nossas vidas
Sábias elas vão desenhando a paisagem
Deslizam, por entre as rochas a acariciar a folhagem
Matando a sede de todos ao longo da passagem...

Encontrando os percalços os contorna
Seguir cautelosa é o seu recurso
Aos caminhos percorridos ela nunca mais, retorna
Diminuindo o ritmo do seu percurso
Em passos lentos, como a nossa vida...

São águas mais escassas, que seguem irreverentes
Misturando-se, ao rio, para desembocarem no oceano
Seguindo o seu destino incessantemente
Afloram-se ao fundo, as pedras do engano
Tal, qual, em nossas vidas o remanescente desengano...






 
SanCardoso
Enviado por SanCardoso em 09/05/2008
Reeditado em 29/08/2015
Código do texto: T982846
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