naturalmente
em vão
tuas mãos tentam se prender
aos azulejos molhados
e cansado
teu corpo
desaba de vez
nos meus braços
que te apertam ainda mais
tua cabeça
cai sobre o meu peito
tonta
minha boca roça teu pescoço
tua nuca
beija tua boca
pronta
como se fosse a força
como se não gostassem
entre gemidos
gritos
quase um pranto de amor
suavemente
te abraço
e te beijo
nos prometemos o mundo
te penetro mais fundo
e tudo
naturalmente
começa outra vez