...Pedras no Chão!

Na lateral, uma parede solta,

Feito botão que foge da casa

Olhar alheio, espreitar vaga contínua...

Alforjes tolhidos de espaço & tempo

Finas têmperas para cabos & afins

Tinta sendo vendida, pacotes econômicos,

Voraz é a sede que vaga na noite

Estrelas para combinar desatinos

Verdades escritas, glossário antigo...

Desculpas para falar novos assuntos

O fone vibra no número desejado

Lembranças paridas de dias sofridos

A cabeça padece de maiores contrastes

Escorre pelas coxas luxúrias indomadas

Mal toca o corpo, beijos esquecidos,

A mulher se fecha, explodem desilusões...

Estrelas ensandecidas vagando pelo léu

A boca a espera de um beijo do céu

Fartas são as rimas & obscenidades

Mãos se digladiam, lá vem outro gozo...

Treme parede, treme, até as pernas...

Incautos tentam uma adivinhação

Retratos caídos, lençóis pelos lados,

O descanso segura a fumaça vadia

Gueixa, criança, mulher, madura,

Sem frescuras e outros “não me toques”,

Distância agravada em vácuo& finanças

Rompendo tratados, traindo ritos,

Revendo estrofes, secos & molhados...

Piratarias & invasões com a nau escura

As flores do mal merecem respeito

A mão que toca o próximo gozo

Ave de Pedra revoa outra vez

Calando malditos & outros figurantes

Pífia lira para espantar as Parcas

Ilhados no cimento do país tropical

Lamentos & sussurros no ar noturno

Outra nota para compor um tipo

Ao sabor das vinhas vindas do Tejo

Vendeta para sorrir em paz

Ferramentas & depósitos para catar...

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 13/01/2006
Reeditado em 28/12/2006
Código do texto: T98109
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