Desejos Insanos & Afins!

Vaga-lumes assustados na brisa

Parintins evoca a floresta

Nave que baixa no frigorífico

Acesa volúpia da mais valia

O não ser não é, proselitismo...

Easy Rider colada na Ecos

Partículas no frame, tela chorando...

Vozes partidas na escuta amarga

Solfejos para uma nova solidão

Excesso de peso sobre os joelhos

Parados na contramão da vez

Picuinhas matreiras & outros quesitos

Parafernália para dizer – eu estou só...

Lamúrias em crostas, gotas & cristais...

Falei de um passado, passante, presente...

Besouros frenéticos disputam a atenção

Versos para métricas esquecidas

Erros verbais em todas as direções

Falaram de esperança, cortaram a torneira...

Estigma pairando entre fardas & quepes

O passado condena tantos erros & aflitos

Brinco na pista sem grana, sem luz...

O copo vazio pede mais uma dose

A pressão sob controle no Cone Sul

Dívidas perdidas por ignorância

Muita bondade rasgando o crédito

Falido é um fado mais doloroso

Versos oferecidos, um almoço vazio...

Olhei para a Lua, pedidos & socorros...

Vaguei sem estrelas, mar tão insosso...

Propaguei verdades, colhi mentiras...

Carcaças estendidas numa via central

A veia suporta tantas recusas

Mal falei pedindo desculpas

Sorri avesso, no horizonte perdido...

Naufrago latino, sem nada no bolso...

Nem a camisa fica suja de batom

O beijo é de lado, sem brilho.

Antes do banho, esvaziei o cérebro...

Mais uma dose, fumaças partidas!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 13/01/2006
Reeditado em 28/12/2006
Código do texto: T98108
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