NA TREZENA
Na trezena ao Santo d’antes das três preces de junho repetem-se ladainhas na quermesse.
As três-marias de Órion excitadas
tresnoitam no dark sky em requebros insolentes pela via-láctea, e assim entre paradas e pungadas do trem bala, e as curas milagrosas das células troncos, sob confetes dos nananrôbos e dos meteoritos incandescentes em tom do prata flamejante das estrelas vão chafurdando em reviravoltas feita polichinelos o vasto algodoal de promiscuidade cibernética e tecnológica, quão o novo harém das nuvens pós-vanguardistas que desfilam no sambodromo pesadas de fantasias e do improvável tornam o real do PC valsar com a Net. O amor à revolução cibernética esta no ar.
E com a tríade dos sons que se propagam em contratempo digitalizados à ordem da percussão marcada tresanda sem trégua, transcende a toada e o batuque frenetico do Cybe-Boi de Zabumba. E a cúria já estuda o franchising do boi “virtual” com fins propositados. Então Atenção! Stop! Chegamos ao mundo virtual. Se você não sabe o que é “digital”, “virtual”, não dê vexame, finja que sabe, pois você para o dito universo que avança em tsunami já é um Senhor analógico, "velho", ultrapassado e primitivo. Cuidado, senão o Vale do Silício quanto pesa o digital dança o Cazumbá.
SERRAOMANOEL – SLZ/MA – TRINIDAD – 07.05.2008.