A PRESENÇA
(Mrs. Hyde - te dedico)



em mim, vez ou outra,
uma presença forte e invisível -
algo denso,
impreciso, intangível...
...
Quando me toma, eu
alto grito,
desespero, fico aflito, não quero.
É um ser, por mim, proscrito
mas, por dentro, circunscrito.

Um demônio encrustado,
feito o
dragão
alado,
no meu braço tatuado.

Ele cresce, avulta, assoma.
Resisto, mas me doma,
e eu, enfim, me ausento...
Então, viro fornalha,
labaredas, um
vulcão
e tudo se embaralha...
...
Acontece minha anuência,
enxergo bem a tal presença.
Há a trama, quase um drama
(um duelo imenso, belo rito)
e me assombra a virtual batalha
entre tanta luz e minha sombra
desses dois 'queridos' espíritos.

Eu
- que a tudo isso assisto -
tombo cansado,
enfim contrito.
Em seguida, sigo mais convicto
que tudo,
tudo é mesmo assim...
E vendo que não tem mais jeito,
é como 'eleito' que me aceito,
pois há mesmo...dois em mim!!!

affffff....

*****

Silvia Regina Costa Lima
2 de maio de 2008








Te dedico, teacher


06/05/2008 23:07 - Gil

ADOREI MA REINE, PERFEITO MESMO, QUE SENSO DE OBSERVAÇÃO PRECISO, CERTEIRO.

Interessante, ma fleur, quando você escreve sobre "certas" coisas que sabemos muito bem do que se trata, você chega à perfeição, qual musa a toca nesses momentos?

Mr. Hyde virou a Fera, de acordo com o comentário que achei muito interessante; sendo assim, a Bela só pode ser você, ma chère amie, porque Dr. Jekill não tem nada de belo para apresentar.

Falando sério, muito sério mesmo AMEI.

Beijos


SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 06/05/2008
Reeditado em 04/08/2010
Código do texto: T978250
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