Continuo escrevendo o que nunca soube dizer
Fome que sinto
do amor que eu tinha.
Doce, suave, tão forte.
Aquela mulher era minha.
Sem ela, não nego
navego
sem norte.
Era minha,
amante, rainha.
Que fome que sinto
do gosto que vinha
do beijo gostoso
do carinho manhoso
da mulher que eu tinha.
Ah, mulher que venero,
tão longe, tão perto
e eu erro, acerto
e ainda te quero.
Mulher tão amada,
e tão machucada
por palavras que eu disse
por coisas que fiz
Hoje só quem me visse
me saberia infeliz.
Não te culpo a distância,
pois foi na minha ânsia
que perdi teu amor
que perdi a mulher
que troquei pela dor.
Continuo escrevendo para ti, amor, as palavras que nunca soube dizer.