É para ti que escrevo, meu amor.
Beijo um beijo distante.
Um beijo gostoso, que beijo.
Toco um corpo arfante,
suado, cansado.
Toco o corpo amado.
Tão longe, tão perto
mas eu toco esse corpo, aperto.
Os carinhos, manhosos,
aumentam ansiosos.
Já não lembro a distância de ti,
hoje, te amo aqui.
E hei de amar-te assim,
mesmo longe de mim.
Sabes que amo,
que clamo por ti.
E amar-te é já necessidade, amor
pois sinto, pressinto
a insanidade cercando.
E te digo, meu amor é insano,
profano, humano.
Assim, beijo teu beijo,
toco teu corpo, te amo
te chamo, reclamo
pondero, espero
espero por ti.
Sabes que escrevo para tí, meu amor.
Sabes que a distância me mata um pouco a cada dia,
me enlouquece um pouco a cada minuto do dia, cada dia da semana.
É para ti que escrevo, e saberás ao ler.
Beijo, meu amor