Vida Machucada

Vento com asas empoeiradas

Verdes primaveras estupradas

pelo impiedoso relógio do tempo

Sob o céu azul do advento

a alma dorme ao relento

A tristeza chora!

O peito sangra

O coração derrama

gotas plasmáticas

de lágrimas magoadas

O medo grita

ao som de uma sinfonia aflita!

A dor crepita como flores

secas da morte

O sonho dorme sobre

o estéril leito da sorte!

A vida machucada segue

pelos obtusos caminhos

dos labirintos em desalinhos

como uma bússola cega

e sem norte!

21/12/2004

Zena Maciel
Enviado por Zena Maciel em 04/04/2005
Código do texto: T9752