Vida Machucada
Vento com asas empoeiradas
Verdes primaveras estupradas
pelo impiedoso relógio do tempo
Sob o céu azul do advento
a alma dorme ao relento
A tristeza chora!
O peito sangra
O coração derrama
gotas plasmáticas
de lágrimas magoadas
O medo grita
ao som de uma sinfonia aflita!
A dor crepita como flores
secas da morte
O sonho dorme sobre
o estéril leito da sorte!
A vida machucada segue
pelos obtusos caminhos
dos labirintos em desalinhos
como uma bússola cega
e sem norte!
21/12/2004