Oh! chuva na noite pequena...
Oh! Chuva na noite pequena
Vem & lava minh’alma agora,
Como que purificando meus anseios
Tornando urgentes meus desejos,
Passada a chuva, me brilham as estrelas,
Pontuando cada movimento,
O sopro suave da sua respiração,
Sim, o sono nos provoca entorpecimento,
Tira os sentidos da razão,
Mas essa está perdida no beijo do banco,
No toque sutil em seus cabelos,
Sua boca me procura insanamente,
Mas o sono está nos vencendo.
Oh! Sol que descortina o dia,
Traz em seu brilho uma nova chama
Tenho que saciar a sua sede
Tomar o seu corpo agora
Provando o doce sabor dos seus pensamentos mais loucos,
Sua boca é voraz, seu corpo é voraz,
Nosso prazer é imenso, intenso, intenso...
Nem as horas passando, pensamos em parar,
Um moto contínuo em busca de todo prazer
Seus braços me enlaçam com vontade,
Beijos multiplicados em todo o seu corpo,
E a plenitude do orgasmo cúmplice.
É duro parar, é duro se separar,
Temos destinos diferentes,
E somos totalmente irresponsáveis
Mas saciamos nossos desejos ao menor tato,
E como almas gêmeas nos torturamos todos os dias,
Em busca de espaços, de momentos, de paixão,
Sem perdemos o controle de nossas vidas.
Ah! Quanta loucura, quanta paixão,
Somos desgraçadamente loucos,
Extravasando nossa paixão loucamente,
Ah! O doce sabor do seu orgasmo,
O prazer da sua risada,
A maciez da pele, o toque de língua,
A voracidade dos seus desejos, com os meus desejos,
O meu tesão alucinado, a sua sede...
Ah! Quanto prazer.
A noite é pequena para nós,
O dia é pequeno para nós,
Nunca temos muito tempo para nosso prazer,
Apenas aproveitamos o que nos permitem,
E multiplicamos cada segundo ao nosso desejo.
Se fosse diferente...
Nem ao menos podemos ter certeza,
Por isso só olhamos para frente,
Para frente, aguardando o amanhã,
Que nos seja breve.
Peixão89
Desabafos 2 – 1999-2000