Ópio de Fantasias
Não chorem no rio da minha dor
Não bebam na taça da minha alegria
São ópios de fantasias
de um poeta sonhador
Vê a mítica luz nas trevas
Deista por natureza
No escuro das cavernas
encontra magia e beleza
Navega com o coração
por oceanos de rimas perdidas
No barco da solidão
refrigera dores partidas
Vive primaveras douradas
em pleno inverno da alma
Sobre o véu de estrelas apagadas
chora lágrimas de prata
Morre no ocaso de cada dia
nos braços de líricos poemas
Entrega-se a doce letargia
destes loucos estratagemas
Recife-28/12/2004