CATAVENTO
Às vezes o Tempo arrasta-se no desespero da nossa pena...
Às vezes o Tempo disfarça-se da esperança que nos acena.
As vezes que eu já mendiguei pressa ao Tempo!
As vezes que eu já dei ao Tempo alento!!,
para me enganar na corrida,
para adiar minha ferida,
meu desalento!
Quantas vezes eu já iludi o Tempo, iludindo-me de esperança!
Quantas vezes eu já não pedi ao vento para levar o meu Tempo!
num sopro,
assim,
sem tormento!...
(HLUNA completou assim, magistralmente...)
Catei o vento
nas margens do Tempo
que a Vida levou...
Catei o Tempo, sem vento,
desesperada e aflita,
querendo as sobras-migalhas
com que ele me acenou...
(Eu quis enganar o vento,
mas o Tempo... voou.)
(Meriam Lazaro fugiu ao encantamento do tempo insano
e correu atrás do azul...)
Esse tempo insano de quem eu corro,
não me acostumo, tento e me engano,
rodopiando ao vento, vivo e morro,
olhando o céu azul as horas esqueço...
OBRIGADA, AMIGAS... ÀS VEZES O TEMPO TRAZ BONS VENTOS!!