APOLOGIA AO RIO TIETÊ

Ontem...

Quem eras tu Tietê?

Que tinhas límpidas águas

Quando Deus te criou

Por onde uma Jangada

Um dia, talvez navegou.

População ribeirinha

Ao seu lado morou

Poeta e pensador

Em ti já se inspirou.

Hoje...

Quem és tu Tietê?

Águas sujas e barrentas

Cheio de latas barulhentas

Maus odores que,

Cada vez mais aumenta

Triste sorte tu tivestes...

Até quando tu agüentas?

Amanhã...

Quem serás tu Tietê?

Serás límpido de novo?

Espelharás a face do povo?

Terás a pureza dum ovo?

Ou continuarás dormindo

Na morte submergindo

Numa saudosa recordação

Do tempo que eras tão lindo?

Leo Rodriguez – 26.12.1990

Léo Rodriguez
Enviado por Léo Rodriguez em 02/05/2008
Código do texto: T971176
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