Pausa para o samba
Deixe-me cantar o meu samba,
do jeito que me der na telha.
Porque sou antes de tudo mal-criado,
e não estou disposto a nagociar.
Samba-se muito nestas bandas de cá,
onde até os insetos já têm gingado.
Então nada mais justo que eu,
pouco mais que inseto impertinente,
incomode com meu samba de zumbidos.
E após sambar, os pés já gastos,
cair exausto numa calçada qualquer,
bebendo água que passarinho não bebe.
Ahh, o samba. Se não fosse ele,
como justificar este molejo?