PRAIANA
Dia claro, é verão quente,
Na cidade de morros e outeiros,
De casarões brancos, faceiros,
Onde vive e sonha sua gente.
Todos cantam alegremente
A magia, os encantos feiticeiros,
Dessa cidade de heróis altaneiros,
E do poeta do mar que vive eternamente.
Cidade praiana Deus te fez assim
Com mulheres e homens sensuais
De cabelos negros ou loiros como trigais,
Ao pé do plácido oceano sem fim
Onde nascem o coco e a flor colorida.
Pujante, diamante sem jaça,
Essa cidade praiana cheia de graça
É um celeiro de paz e de vida.
Em outras plagas me sinto perdida.
Sou alienígena, quero te ver
Porque longe de ti não sei viver.
Sou como ave ferida que sem guarida
Quer volver célere e ensandecida
Ao ninho de conchas e areia.
Minha poesia, sem mordaça ou peia,
Pela eternidade será lida
Falando de ti às nações,
Evocando dias e horas
Dos teus feitos de outrora
Gravados nos corações.
30/04/08.