Recebi um e-mail
Recebi um e-mail
perguntando o porquê
desse modo que escrevo,
tanta dor que transcrevo.
Eu tentei responder,
sem saber o que dizer.
Acredito que o que faço,
escrever o que passo
me ajuda a viver.
Muitas vezes escrevo,
sem saber o que digo,
sem saber como sigo
conseguindo escrever.
Eu queria, amigo
escrever diferente,
escrever alegria,
mas o momento que escrevo
eu já nem me atrevo,
pois não conseguiria.
Percebi nesse e-mail
a pergunta velada
e a resposta calada
que não sabe explicar
é o modo que escrevo
é o modo que penso
meu jeito de cantar.
Canto a canção que componho
solitário, lapidando o sentimento
se é com dor, sofrimento,
não consigo evitar.
Mas respondo, amigo
tenha paciência comigo
pois eu sei e te digo,
tudo há de passar.
Quem sabe ainda te escrevo
um poema alegre
eu tomado de febre
de quem volta a amar.
Hoje meu verso é triste,
amanhã, quem sabe
a tristeza acabe. Vai saber
Só espero, amigo
que meus poemas não façam
tu deixares de ler.
Obrigado pelo e-mail. Espero que mantenhas contato. Abraço fraterno.