LÍRIOS BRANCOS

Lírios brancos eu te darei, na brancura do alvorecer!

Semeaste vibrantes discursos...aos brados se fazia ouvir!

De onde vem esta força estranha? Do coração ou do servir!

Alados sentimentos te dilaceram a alma, desencadeando o viver....

Jamais duvidei do teu amor, enrustido no cárcere de tua alma!

Longitudinais e infinitas canções... Enobrecem no teu seio!

Desgarrada da singeleza, despe-se de todos os pudores do receio,

E coloca na carranca a tua audácia... na calma...

Seduzir é tua meta, no caminho cruzado!

O abandono se faz presente, ficando teu escravo desvalido....

Do presente extrai o licor mais precioso....

E da vida plena arranca de tuas entranhas,

Amargura e lança-a na forma de chuvas transparentes!

Arquejante e altiva, se faz rainha das irreverências!