Minha poesia morreu V (A Reencarnação)

No esvoaçado louco e afinado

Da minha finada poesia

A levou até as chamas ardentes

Do sol

Queimada e acinzentada

Pó flutuante do vácuo do espaço

Tomou rumo e desfaleceu

Na estrela mais próxima

Passava por lá o pequeno menino

De Antoine de Saint-Exupery

Agarrado num cometa agalopado

Pousando seus olhos na falecida poesia minha

Apanhou, então, as cinzas

Como adubo para sua rosa orgulhosa

Que necessitava de um pouco mais

De encanto na sua vida

Contudo, um belo fênix

Que ciscava poeira cósmica

Identificou-a e ensinou-a como renascer

Festa no meu universo...

Festa nos meus versos....

Minha poesia reencarnou em mim...

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 29/04/2008
Código do texto: T966787