Minha poesia morreu V (A Reencarnação)
No esvoaçado louco e afinado
Da minha finada poesia
A levou até as chamas ardentes
Do sol
Queimada e acinzentada
Pó flutuante do vácuo do espaço
Tomou rumo e desfaleceu
Na estrela mais próxima
Passava por lá o pequeno menino
De Antoine de Saint-Exupery
Agarrado num cometa agalopado
Pousando seus olhos na falecida poesia minha
Apanhou, então, as cinzas
Como adubo para sua rosa orgulhosa
Que necessitava de um pouco mais
De encanto na sua vida
Contudo, um belo fênix
Que ciscava poeira cósmica
Identificou-a e ensinou-a como renascer
Festa no meu universo...
Festa nos meus versos....
Minha poesia reencarnou em mim...