APELO CELESTE
Senhor, livrai-me das lembranças tristes
especialmente daquelas de setenta e nove
quando ele, apoiando àqueles
ou aqueles o impulsionaram
praticaram a maior ofensa contra mim!...
Livrai-me, Senhor, de tão pérfido ato
dos sorrisos sarcásticos e dos movimentos fúnebres
das palavras ásperas e dos mortais olhares
das calúnias tamanhas de desamor provado!...
Mas, de tudo isto, Senhor, o que mais pesa, agora,
é deles, ele, o exclusivo da minha atenção
porque daqueles, sempre esperei o ruim
mas não o ruim tão ruim como aquilo
E dele?! Ah! Foi surpresa em demasia
apesar das provas já sentidas!...
Perdoar é dom dos fortes e dos valentes
e não fiz, plenamente, para com ele, Senhor,
então, dai-me o dom da força e da valentia
para o meu enriquecimento espiritual
e para o nosso entendimento total!...
Teresina, 08 de outubro de 1982.
(Do livro "Caminhos", Teresina, 1986, página 69.)
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