AMOR E DOR
Por que o amor se permite
Tanto assim nos maltratar?
Fazer artes, aprontar,
Esgueirar-se atrás da porta
Qual criança em reinação?
Amor virou bolha de sabão,
Flutuou, atravessou a rua
E se desfez em água,
Longe da palma da mão.
Fevereiro, carnaval em Olinda,
A paixão nasceu.
Quem esse ato deslinda?
Durou duas estações.
Na primavera murchou.
Desvesti a fantasia
E descalcei a folia.
Amor pequenininho,
Amor mesquinho,
Bandido e enganador.
O acaso me fez revê-lo
Num novo entrudo,
A sol pleno
Mas em desfavor...
Acenei-lhe. Não me viu.
O amor, mascarado de marujo,
Perdeu-se nalgum bloco de sujos.
poema da década de 70.
Por que o amor se permite
Tanto assim nos maltratar?
Fazer artes, aprontar,
Esgueirar-se atrás da porta
Qual criança em reinação?
Amor virou bolha de sabão,
Flutuou, atravessou a rua
E se desfez em água,
Longe da palma da mão.
Fevereiro, carnaval em Olinda,
A paixão nasceu.
Quem esse ato deslinda?
Durou duas estações.
Na primavera murchou.
Desvesti a fantasia
E descalcei a folia.
Amor pequenininho,
Amor mesquinho,
Bandido e enganador.
O acaso me fez revê-lo
Num novo entrudo,
A sol pleno
Mas em desfavor...
Acenei-lhe. Não me viu.
O amor, mascarado de marujo,
Perdeu-se nalgum bloco de sujos.
poema da década de 70.