VIVO POR MORRER-TE, MAS NASCENDO-TE!
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Tréguas cintilantes no sintetismo da salvação.
Bosquejo de hora incinerada dentro do peito um tanto gougre.
Incido nas rumas desenhadas no desdouro do momento...
Reclamações natimortas na dor primeira da desilusão assobiada em meus olhos.
Passo a régua para traçar rumo diferente numa eqüidistância, talvez, recíproca desta ignóbil ilusão de ver-te acenando-me com um beijo.
Aperto o vazio espremendo as mãos para não soltar meu resto de ar.
Respiro porque aspiro o teu desenho no meu peito.
Vivo por morrer-te a cada instante, mas nascendo-te revigorada nos escaninhos de minha alma.
©Balsa Melo
28.04.08
Cabedelo - PB