Mais de mim
Olho ao redor, onde parou o mundo?
Vejo entre folhas, os galhos marcando futuro,
frutos secos, ventres parindo sonhos,
homens sem idéias ou ideais
e em paradigma, eu...
Correm as horas, o tempo não cansa,
olho pela janela, na rua o abandono,
visto-me escondendo-me do sim,
prisioneira de mim, ilusão e estorno
do que fui e ainda sou, um passado...
Refaço as perguntas, interrogações?
Busco ainda por respostas,
talvez as encontre em poço cavado
no interior de um desterrado
sonho que trago no peito, um “nós”...
Gira o mundo, meu mundo só,
recrio os sentidos já apagados
transformados em pó
em um tempo desgastado, outro sol
que surge sem contratempo, sonho dobrado...
Amo como sempre amei,
vivo na única forma que aprendi,
morro em paixão e renasço no que sou,
na total entrega, o ápice!
E no acordar, mais de mim, plena realização...
Eu...
Um
“nós”,
sonho dobrado,
realização...