alma nas mãos

agonia engasgada

que de mim não sai

embaçando os sonhos

meus versos vencidos vão morrendo

sem refugio ou abrigo

nas mudas ,caladas mãos

ausência que enlouquece

nasci para ser poeta

do tempo,do vento

até do escuro fundo

tento dar luz ao mundo

com a palavra

e nada mais.

por favor, roubem-me tudo

menos a inspiração

mesmo que fique só nas sombras

não preciso de topos ,troféus ou glórias

somente a alma nas mãos

a caneta e o branco do papel.

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JF/MG-09/01/06-16h

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 09/01/2006
Código do texto: T96456