alma nas mãos
agonia engasgada
que de mim não sai
embaçando os sonhos
meus versos vencidos vão morrendo
sem refugio ou abrigo
nas mudas ,caladas mãos
ausência que enlouquece
nasci para ser poeta
do tempo,do vento
até do escuro fundo
tento dar luz ao mundo
com a palavra
e nada mais.
por favor, roubem-me tudo
menos a inspiração
mesmo que fique só nas sombras
não preciso de topos ,troféus ou glórias
somente a alma nas mãos
a caneta e o branco do papel.
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JF/MG-09/01/06-16h