canto triste

Pingos de chuva vem limpar meu corpo

Carícias do vento me consolam

Mas a dor é infinita e maltrata como uma ferida

Maldição de nascença, destino traçado.

Coragem para fugir do pecado,

Sangue nas veias,

Sorriso forçado,

Língua presa,

Vontade de morrer!

Solidão de viver ao teu lado,

Homem cruel!

Medo de denunciar

Raiz maior que a dor

Sede

Fome

Febre

Sangue

Tudo pronto para

Morrer em teus braços

Filho do demônio

Filha do diabo

Homem que se alimenta do sangue do seu sangue

Merece ser queimado!

Eu não sei meu destino nesse mundo desgraçado, que permite

Uma criança viver para morrer antes de crescer.

SHIRLEY CASTILHO
Enviado por SHIRLEY CASTILHO em 09/01/2006
Reeditado em 05/12/2006
Código do texto: T96370