Eu ainda sinto o que não queria sentir
Ainda sinto o batom que beijei,
os suspiros que dei.
O suor derramado,
o prazer de dormir ao teu lado.
Ainda sinto na pele
o calor da tua mão
numa devassidão
que eu amo lembrar.
Ainda lembro teu jeito
de deitar em meu peito
e pedir-me carinho.
Nossa cama, um ninho
a nos acariciar.
Um amor que perdi
mas eu nunca esqueci
o calor que senti
nessas noites de amor.
Hoje trago a lembrança
desse tempo criança
que não quer mais voltar.
Mas eu lembro das juras,
lembro as mentiras.
Quem de nós mais mentiu?
Aquele amor se partiu,
tão frágil que era
e essa vida megera
nunca nos redimiu.
Não perdoou a trapaça
desse jogo sem graça
que tentamos jogar.