Inocência morta.

Restou-me tão pouco do ingênuo amor que lhe tinha

pouco a pouco findou-se a inocência do amor que havia

dentro de mim ,

Ele foi sufocando lentamente

Ele foi ferido brutalmente.

Já nem sei como se deu a morte da esperança

de sua então ressurreição

Foram deixados tantos pedaços de mim ao chão.

Um coma profundo da inocência que havia

de meus sonhos serem teus um dia.

um breve e sofrido silêncio pra compreender

que agora já não mais havia, nem tristeza e nem penar...

apenas recordações

daquelas que nos tira a razão e nos acelera o coração de tal maneira como se fosse o fim suceder

e então, vejo-me aqui a mercê de um amor que é agora

capaz de sobreviver, sem mais ternura, só e apenas o ser Amor.

Com cicatrizes, desilusões, consciência...palavra estranha essa

que nada parece ter haver com amor..

mas que me dá agora a exata revelação de que o amor ainda é amor, por mais que pareça estar em contradição

e digamos que se acabou.

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 25/04/2008
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