O ÚLTIMO NOVELO

preciso dizer adeus as palavras

aos versos confusos

ao grito de mim que a alma não escuta

ao eco que bate, não volta

preciso ir até o fim da linha

esticar todos meus fios

gastar o último novelo

entre a chuva e o vento

a lágrima e o lenço

o tempo se esgotou

a poesia não mente dentro da gente

entorpece,acalma ,clama e abandona

a tinta é permanente

o papel não esquece

adeus...

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JF/MG-08/01/06

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 08/01/2006
Código do texto: T96179