O ÚLTIMO NOVELO
preciso dizer adeus as palavras
aos versos confusos
ao grito de mim que a alma não escuta
ao eco que bate, não volta
preciso ir até o fim da linha
esticar todos meus fios
gastar o último novelo
entre a chuva e o vento
a lágrima e o lenço
o tempo se esgotou
a poesia não mente dentro da gente
entorpece,acalma ,clama e abandona
a tinta é permanente
o papel não esquece
adeus...
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JF/MG-08/01/06