Mulher dos extremos
Sou uma mulher dos extremos
Às vezes doce, alegre
Outras soturna, ríspida
Às vezes feliz
Em outras mergulho no mais triste
Que há de mim
Às vezes insana, louca
Treslouca onde faço poesias
Em outras a razão me toma, me modifica
E só vivo o dia-a-dia
Sou mulher de fases
Assim como a lua
Ás vezes me deixo nua
Na lua cheia sou vivente
E continuo assim na crescente
Quando a minguante vem
Leva contigo a alegria
De uma mulher excitante
E na nova me renovo
De novo me faço bonita
Coloco meu lindo vestido
Penteio meus cabelos
Pinto meus lábios de batom
E penso que vai ser bom
Viver um momento de amor
Mas também no meu extremo
Sou cobra venenosa
Daquelas bem perigosa
Que reage se atacada
Com uma mordida voraz
Arranco tua paz
E te jogo meu veneno
De gota em gota,
De forma lenta
Também vingativa
Mas também sei ser amiga
E a quem me quer bem
Só sei fazer o bem
Amar mais além
Do rosto, do corpo
Amar sua alma
Amar você
Amar a mim também
Vitória/ES – Em 16/02/08 -