SINCERIDADE

Vou expor as entranhas do medo

Quero atirar na cara do receio,

(e de quem nunca me encara),

a franqueza espontânea e gratuita

Desejo revelar meus desejos

No ensejo do descompromisso

Vou invadir a vida alheia

Meter o dedo,

onde não me chamaram

Me atreverei a dizer a verdade crua

Relatarei os fatos nus

Libertarei a coragem

Eliminarei o constrangimento

Vou descascar as feridas,

demolir o edifício das aparências

Gosto muito disso...

de denunciar a fraqueza,

ridicularizar

a minha própria sensibilidade

Vou dar a cara a tapa,

à agressão do mundo real

Sentir na pele a flor da pele

(murcha)

Calarei as conveniências,

catigando a simpatia

Vou sufocar amizades superficiais

e jogar as cartas na mesa

sem jogos, armações ou sutilezas

Resido nos corações lúcidos

e nas mentes libertas

Estou na clareza dos sentimentos

nas palavras fortes

nos termos doloridos ou intensos

Sou a plenitude das emoções,

que aparecem de surpresa,

na pureza do dialogo aberto e direto

Prazer em conhecer,

meu nome é Sinceridade.

Sergio Fajardo
Enviado por Sergio Fajardo em 25/04/2008
Código do texto: T960945
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