SINCERIDADE
Vou expor as entranhas do medo
Quero atirar na cara do receio,
(e de quem nunca me encara),
a franqueza espontânea e gratuita
Desejo revelar meus desejos
No ensejo do descompromisso
Vou invadir a vida alheia
Meter o dedo,
onde não me chamaram
Me atreverei a dizer a verdade crua
Relatarei os fatos nus
Libertarei a coragem
Eliminarei o constrangimento
Vou descascar as feridas,
demolir o edifício das aparências
Gosto muito disso...
de denunciar a fraqueza,
ridicularizar
a minha própria sensibilidade
Vou dar a cara a tapa,
à agressão do mundo real
Sentir na pele a flor da pele
(murcha)
Calarei as conveniências,
catigando a simpatia
Vou sufocar amizades superficiais
e jogar as cartas na mesa
sem jogos, armações ou sutilezas
Resido nos corações lúcidos
e nas mentes libertas
Estou na clareza dos sentimentos
nas palavras fortes
nos termos doloridos ou intensos
Sou a plenitude das emoções,
que aparecem de surpresa,
na pureza do dialogo aberto e direto
Prazer em conhecer,
meu nome é Sinceridade.