RABISCOS DE UMA PASSADO

Hoje,tarde nublada

uma garoa que antecipa o inverno

escrevo com uma pena talhada,

os versos de meu pensar eterno.

Tinteiro ao lado,uma folha alvejada

um mata borrão que chupa minhas amarguras,

das saudades doidas de uma amada

que do pranto e da dor,deságua.

Sua foto em um canto da mesa

amoldurada com detalhes em relevo

já amareladas pelos tempo,tenho certeza,

são marcar fortes que elevo.

Tento apagar com a borracha da amargura

o que foi rabiscado em todo meu ser

mas,é meu rascunho em brochura,

que será eternizado em eu quanto viver.

A lado,abro as gavetas de um passado

as memórias fluem no ar

vejo o quanto era devotado,

a este amor engavetado,

Cubro o tinteiro com as saudades

a pena,enxugo juntamente as lágrimas

tranco as gavetas da memória,

findando assim a minha inesquecível história.

Diney Marques
Enviado por Diney Marques em 24/04/2008
Reeditado em 18/12/2012
Código do texto: T960633
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