RABISCOS DE UMA PASSADO
Hoje,tarde nublada
uma garoa que antecipa o inverno
escrevo com uma pena talhada,
os versos de meu pensar eterno.
Tinteiro ao lado,uma folha alvejada
um mata borrão que chupa minhas amarguras,
das saudades doidas de uma amada
que do pranto e da dor,deságua.
Sua foto em um canto da mesa
amoldurada com detalhes em relevo
já amareladas pelos tempo,tenho certeza,
são marcar fortes que elevo.
Tento apagar com a borracha da amargura
o que foi rabiscado em todo meu ser
mas,é meu rascunho em brochura,
que será eternizado em eu quanto viver.
A lado,abro as gavetas de um passado
as memórias fluem no ar
vejo o quanto era devotado,
a este amor engavetado,
Cubro o tinteiro com as saudades
a pena,enxugo juntamente as lágrimas
tranco as gavetas da memória,
findando assim a minha inesquecível história.