Rio, choro e não me arrependo
Vestes tua seda branca, ó moça
Quebra-me, estraçalha-me e vá
Não me roube a solidão de fato
Temos para todos o que lamentar.
Corre pelos campos com fronte erguida
Pule alto, para que nao tropeces num galho
Pois se caires, minha princesa querida
Daqui não lhe enxergarei. Culpa do orvalho!
E que visse! Não apagaria o cigarro
Sê tudo belo aos olhos do niilista
Tudo cômico, fútil e engraçado
Mais fácil eu cochilar e lhe perder de vista.
Eu choro, sofro, descanso e depois só faço rir
De tudo o que se passa, será que aprendo?
Bom é esquecer. Rir novamente do que já ri
Rio, choro, e não me arrependo!