Da Terra para a Terra!!
Eles dançam, buscam, sentem, vivem
Voam, ascendem, renascem, morrem
São feitos de lágrimas, são almas de fogo
São filhos da chuva, nascidos do trovão
O calor percorre a superfície, eles tremem
Despertaram a noite e as estrelas se calam
Os olhos do monte se fecham, mas a tudo vêem
Lágrimas, sangue, dor... essa é sua sede!!!
A Terra, sedenta, chora!!!
Minha alma adormece no colo do universo
Calejada pelos prantos, segue rumo ao desconhecido
Declaro-me filho da luz, fruto do fogo
Do fogo purificador, que corre nas veias da Terra-mãe
Seus símbolos percorrem minha mente silente
Desfazem os dogmas que tardiam minha liberdade
Eu me reconheço consternado ante à fragilidade da imensidão
Eu, pó do eterno e vacilante furor criativo