idas
Idas
O sol
O mar
Disperso no atol
Pássaros a cantar
De correntes vindas de rios
Do subir e não cair
De caminhos tanto quanto sombrios
Eternas idas sem um novo vir
Daquele passo mal dado
E aquele sorriso pouco feliz
Cicatrizes de um semblante mal tratado
Pelo que veio sem planear e não se quis
Assim como nasce o sol
E o rio com suas fontes não cessa
Como peixe no anzol
Estou preso ao agora e de ir tenho pressa
Airto Meireles
15/04/2008