NÃO DIGAS

Não digas como eu pareço

Na verdade, sou o contrário

Do que mostra a aparência

Avalie-me pelo avesso

Lá estará minha essência.

Não digas se sou diferente

É minha opção ser assim

Ainda que o mundo enfrente

Vivo feliz comigo mesmo

É essa força dentro de mim

que motiva-me falar a esmo.

Não digas saber o que penso

Até para mim isso é incógnita

Por mais que eu pareça tenso

Não demonstro meu interior

Sou bem mais imprevisível

Não julgues, por favor!

Não digas que me compreende

Pois nunca irás me conhecer

Nem mesmo eu próprio entendo

As ambiguidades de meu ser

Desculpe a imagem que vendo.

Não digas que já percebia

Não podes ver o oculto

Os olhos da hipocrisia

Só dão acesso a um vulto.

Sergio Fajardo
Enviado por Sergio Fajardo em 24/04/2008
Reeditado em 18/03/2012
Código do texto: T959366
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