DO VIVER
Nunca vivi sobre tantas ondas,
revoltas em mares daqui tão distantes.
Naveguei por todos os cantos,
entre as ilusões e encantos
pertencentes a todos os amantes.
Provei de mesas fartas,
conheci paisagens diversas.
Aportei, depois de tantas viagens,
sem o peso de velhas bagagens,
com todas as tristezas imersas...
Retorno para meus aposentos,
recluso para meditações.
São muitos escritos,
algumas indagações...
Afinal, isso é viver?
Ou foi a vida
que abriu-me concessões?