Desculpe-me
Desculpe-me
Por ser o seu maior pesadelo
E acordá-la na madrugada
Levando-a para minha solidão.
Desculpe-me
Por consumir-te até a alma
E arrancar-te o último orvalho de esperança
Possuindo-a com lágrimas.
Deixarei-a
Para que sinta a noite congelar-te
A tua voz clamará a minha presença
E eu a olharei com piedade.
Deixarei-a
Com gritos do próprio silêncio
A ânsia do gosto amargo das lembranças
E o reflexo da própria indulgência.