Tristes poemas de um amor vazio. Poema segundo
Escrevo para a loura sem face,
Para a morena sem expressão,
Nem rosto, mera imaginação;
No entanto escrevo como se amasse.
O que acarreta esse triste impasse,
Desejo sem foco e sem paixão,
É o amor vazio, essa ilusão
Que nunca permite um desenlace.
Que mantém acesa a chama branda
Excessivamente leve e fria,
Que nada aquece e mal ilumina,
Que fugaz, não anda nem desanda,
Que permanece dia após dia;
É maldição que nunca termina.