ESSA AVENIDA BRASIL
ESSA AVENIDA BRASIL
MOR
No caldeirão do meu país
Somente é fritado e cozido.
Como a memória me diz
Só o pobre e o desvalido.
Sabidinho que fez a lei
Nunca mesmo será punido.
Escapa com toda a grei
Por ser ele bem entendido.
Se pensarem em lei meritória
Seria descriminação.
Numa hora de maior inglória
Para o pobre cidadão.
Se alguém logo ficar fora
Do dito crivo da lei
Da bela carta que aflora
O que seria nem sei
Todos são iguais perante a lei
Outra lei beneficiando.
É pura agressão à lei maior
O crime não praticando.
Todo cidadão desse país
Responderão por seus atos.
Isso sem torcer o nariz
Perante a lei e os fatos.
Só assim quebramos o paradigma
Dessa falta de ética.
Tornando logo tudo mais digna
Nessa avenida patética.
São José/SC, 21 de abril de 2008.
www.mario.poetasadvogados.com.br
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