O companheiro desconhecido

A princípio tudo era,

flores,

amores.

Juras inconscientes,

ardentes.

Vivem no presente,

solidão.

Acompanhados,

pelas lembranças.

Das madrugadas,

que morriam,

e viviam,

juntos.

Os gozos,

noturnos-diurnos.

Eram parte,

de uma imensidão.

Já não se tocam,

nem se olham.

Não se beijam,

nem mais se queixam.

São figuras desconhecidas,

que co-habitam,

um espaço chamado,

casa-quarto-colchão.

Entre eles,

já não há mais,

o ardor que desatina.

Que os obriga a fazer juras,

prendendo-os,

corpo-coração.