O ERÊ

Faças estripulias,

erêzinho pequeno,

abatuques teus calos de mão

até sangrares

o adulto que há em ti:

erê tão tristonho e tristinho.

Ah, erêzinho,

erêzinho pequenino,

saudades teus molecares de balas-doces

até adoçares

todos corpinhos franzinos

com teu jocoso senso de erê.

Ah, erêzinho,

quanta saudade dos meninos,

enquanto meninos,

levados a sério!